quarta-feira, fevereiro 04, 2009

RICO, pense no assunto!

Artigo Publicado Jornal O Povo
Rico, pense no assunto!
Antero Coelho Neto04 Fev 2009 - 00h16min

Você aí brasileiro rico, que quer ser cada vez mais rico, que trabalha de maneira estressante todos os dias da semana para aumentar o seu patrimônio e que tem pouco tempo para a família e não colabora com os pobres, já pensou nas seguintes possibilidades? Quando você morrer os seus filhos e netos, para os quais você pouco teve tempo de amá-los, poderão gastar o dinheiro que herdarem de uma maneira que você não aprovaria? Que, sua viúva poderá ser então uma mulher feliz e até se casar com um jovem “enxuto e sarado” ? Que seus filhos poderão fazer a maior batalha na divisão da riqueza que você vai deixar para eles? Que até podem descobrir o quanto você gastou com as suas amantes? Que muita gente se lembrará de você apenas como um homem rico que não teve amor e não ajudou os seus funcionários, nem os pobres e enfermos necessitados? E que, mesmo com toda a sua riqueza, teve uma qualidade de vida muito deficiente? É isto que você deseja? Ou vai pensar neste assunto com bastante cuidado?
Com toda a certeza estará dizendo que estou fazendo essas perguntas por que sou um pobre, invejoso e incompetente.
Pois vocês necessitam saber que todas essas perguntas e muitas outras, foram feitas de uma maneira científica e objetiva, em uma grande pesquisa realizada nos Estados Unidos sobre “A satisfação de viver dos ricos na atualidade”.
E aí o resultado geral e já esperado: riqueza não é condicionante fundamental de boa qualidade de vida e menos ainda de satisfação de viver. Que o dinheiro necessário para uma boa qualidade de vida é somente aquele suficiente para que se tenha uma boa moradia, educação para os filhos, seguro saúde e de vida, reserva para eventualidades e situações de emergência, transporte adequado para a movimentação da família, alimentação saudável, possibilidades de períodos de lazer e férias proveitosas, valorização e uso de aspectos sócio-culturais e de estímulo para a melhoria da auto-estima e, nos últimos anos, a caracterização cada vez maior de uma espiritualidade livre e fundamental. Ou seja: principalmente para as pessoas da classe média dos países desenvolvidos. Sim, por que considerar classe média com R$ 1070,00 por mês numa família de cinco pessoas, como se faz no Brasil, é a esdrúxula classificação de brasileiro para agradar o Presidente da República.
Mas o mais gratificante para nós foi a revelação de que muitos ricos melhoraram de QV quando descobriram o valor da responsabilidade social deles mesmos e de suas empresas na melhoria da saúde e da qualidade de vida de seus funcionários (Saúde/QV corporativa), necessitados e familiares e passaram a aplicar somas significativas nessas áreas.
E, como já era previsto, lucrando mais e tendo uma grande repercussão de suas ações que lhes transformaram em verdadeiros benfeitores. Por isso este nosso convite para os ricos de nossa terra: vamos pensar no assunto? Antero Coelho Neto - Médico e professor