domingo, julho 01, 2012




O Povo

Longevidade ativa, criativa e saudável

Artigo public. 17-05-12

No dia 19 de maio comemoramos seis anos do Novas Idades, na Rádio FM Universitária. Serão 300 programas junto com os geriatras João Macedo, Charlys Nogueira e Jarbas Roriz, que, somados aos 370 realizados durante sete anos na Rádio AM do Povo (denominados Novas Dimensões, por sugestão do eterno amigo Demócrito), somam 670.

Foram 13 anos de satisfação e muitos momentos de felicidade. Todos eles com o objetivo fundamental de analisar, discutir e indicar a importância de se ter uma longevidade ativa, criativa e saudável. Sempre brinco com os meus velhos amigos dizendo que devemos sempre buscar essa “trinca” para um futuro feliz. São determinantes estudados por muitos pesquisadores conhecidos e com resultados já mundialmente comprovados.

A vida deve e tem de ser “ativa”. E “ativa” não quer dizer simplesmente prática de atividade física ou outro tipo de reconhecido valor atual para o nosso corpo. A abrangência é muito maior. Sumamente importante é manter a mente em atividade constante. Para isto temos uma série de indicações já pesquisadas e testadas as suas validades para a manutenção de nossas memórias cognitiva (mais eficazes), dedutiva, interpretativa e associativa. Leitura, prática de jogos e de técnicas específicas para a manutenção da mente estão largamente difundidas. A internet tem sido um excelente meio de comunicação valorizando o tema da mente ativa.

Mas também devemos destacar a possibilidade e a necessidade de uma prática de atividade social, cultural, religiosa, familiar e ambiental. Não parar nunca. Quando o corpo não puder mais ser ativo, que a mente seja. E que não exista nenhuma demência.

Que a nossa capacidade de elaborar coisas novas para nós mesmos, para a família e para melhorar nossas condições financeiras e facilitar a nossa vida, seja constantemente valorizada. A capacidade de “criar” é um dos mais importantes determinantes da nossa satisfação de viver e da qualidade de vida. Eu faço e você? E a saúde, como tê-la e como mantê-la neste nosso país tão ingrato com a nossa saúde, educação e satisfação de viver?

Aconselhamos praticar ao máximo as indicações da promoção da saúde, como sempre estamos repetindo (prevenção das enfermidades, dos riscos físicos, químicos e biológicos, estilos de vida saudáveis, educação e comunicação sobre saúde) e utilizar corretamente os diferentes níveis de atenção da saúde - postos e hospitais. Promoção da saúde é muito mais de nossa responsabilidade direta, mas os níveis de atenção de saúde não são, e aí está a grande dificuldade do brasileiro. Por isso a validade de gritar sempre: saúde para a nossa satisfação de viver. Saúde para a nossa vida longa.

Por isso sempre pedimos para nossos amigos, leitores e ouvintes: tentem, busquem e achem como ter uma vida ativa, criativa e saudável. E quanto mais cedo isto for praticado, mais anos de vida vamos conquistar. Mais anos da vida que já temos direito serão resgatados. Vamos praticar a “trinca” da vida longa?

Antero Coelho Neto

acoelho@secrel.com.br

Professor, médico e presidente da Academia Cearense de Medicina




                              FELICIDADE INTERNA PRÓPRIA  - FIP

Desde há anos, venho acompanhando o progresso da chamada Felicidade Interna Bruta do Butão e, em diferentes oportunidades, consultei a opinião de autoridades importantes em qualidade de vida. Constitui  uma interpretação diferente para aquele país muito religioso, baseada nos valores espirituais budistas, com pouco desenvolvimento técnico, social e com uma economia adaptada à cultura do país. Correta sua posição contrária à valorização econômica exclusiva (PIB) como muitos dos modelos utilizados para medida de nossa qualidade de vida.  Baseia-se no princípio de que o desenvolvimento de uma sociedade humana surge quando o desenvolvimento espiritual e material são simultâneos. Apenas confundem bem-estar (BE) e satisfação de viver (SV) com felicidade.

Do mesmo modo, tenho estudado os principios e aplicações do IDH  (Indice de Desenvolvimento Humano) cujos valores e resultados são muito indicados para os nossos costumes e necessidades. Mas, para muitos, inclusive para mim, ainda insuficientes para classificar e comparar grupos sociais e populações heterogêneas.   

Na minha opinião, “felicidade” existe apenas em momentos e é uma condição própria na vida de cada um e não condicionada exclusivamente por fatores econômicos, sociais, religiosos, com limites numéricos em praticamente todos os desejos, valores, responsabilidades, grandezas, necessidades, amores, mudanças e futuro de cada indivíduo.

Amigos, o desenvolvimento dos nossos momentos de felicidade são, quase sempre, de nossa própria responsabilidade.

Tenho elaborado uma proposta de melhoria das dimensões da vida e destacado este meu interesse. São 3 as dimensões produzidas ou melhoradas pela qualidade de vida da pessoa: bem-estar, satisfação de viver e felicidade. Tenho já destacado essa diferenciação que muitas pessoas, e até profissionais e cientistas confundem, ou interpretam como eles julgam e querem. Daí a minha proposta do que tenho chamado “Felicidade Interna Própria- FIP”, quando destaco que sou eu que digo quando sou feliz.

Claro que a valorização dos princípios e determinantes de nossa qualidade de vida têm tido um progresso e destaque, em todo o universo, nos últimos 20 anos. No Brasil, isso tem sido altamente gratificante e importante para a nossa vida e longevidade saudável. E temos batalhado intensamente para que isso possa acontecer em todas as regiões do país

O que destaco é que não temos de culpar e criticar, exclusivamente, políticos e governantes pela nossa Felicidade.  Nós também somos os responsáveis. E os maiores, muitas vezes.

E um dos exercícios que costumo indicar é anotar os momentos quando se sentem “felizes”, destacando as “causas” e “porquê”. Depois, revê-los e tentar repeti-los ou, até melhorá-los. Quando fazemos um Diário de nossa vida, devemos anotar os nossos momentos felizes com suas causas e efeitos. E valorizá-los.

Parece uma coisa muito insignificante? Mas não é. Nós somos os “mobilizadores” de nossa própria Felicidade. Ela é Minha! Ela é Própria!

Claro que a Presidente Dilma Rousseff pode e deve me ajudar, na  intensidade e freqüência dos momentos de felicidade! Pois estes não são nada fáceis de serem conseguidos.



Antero Coelho Neto

acoelho@secrel.com.br

Professor, médico e presidente da Academia Cearense de Medicina