O Povo- O bem contra o mal
Artigo publicado em 23/01/2013
Sabemos que todas as línguas apresentam, desde os seus inícios, a
palavra “bem” com o significado de uma qualidade certa ou desejável e “mal”
como o não desejado e prejudicial. Já a noção de Bem e Mal no sentido moral ou
religioso, significando a “purificação” e “impureza” de nossa vida e corpo, tem
sido de uso mais recente com a chamada filosofia pré-socrática,
São duas condições importantes de nossa vida, estudadas e explicadas de
diferentes maneiras e razões de muitas seitas e religiões e até de variáveis
comportamentos humanos, originando muitas pesquisas científicas sobre os
causadores dessas manifestações.
Já sabemos que algumas emoções da nossa vida originam, em várias células
de nosso corpo, do chamado complexo hormonal, a produção de substâncias
denominadas neuro-transmissores que apresentam importantes funções responsáveis
pelo nosso bem-estar, satisfação de viver e felicidade.
São vários os neuro-transmissores “positivos” de nosso corpo e muitos
são os centros de pesquisas do mundo interessados no assunto (adrenalina,
nor-adrenalina, dopa, dopamina, serotonina, melatonina, acetil-colina,
encefalina, endorfina, etc.). Muitos deles transformam-se em serotonina que,
por esta razão, é chamada por muitos de “substância do bem-estar” e que podemos
dizer “do bem do corpo”.
Estudando as diferentes emoções conhecidas do corpo humano, causadoras
de uma melhor qualidade de vida e maior longevidade e ampliando o modelo usado
por Juan Hitzig (alfabeto emocional), identificamos as mais importantes e que
denominamos de “positivas”: 1. amor; 2. sexo; 3. sabor; 4. sono; 5. alegria; 6.
liberdade; 7. serenidade; 8. amizade.
Por outro lado, destacamos que também são várias as emoções que provocam
a elaboração das substâncias que causam a destruição de células importantes do
organismo. São os chamados radicais ácidos e oxidantes e que podem ser
representados pelo que denominamos de “radical” que funciona para o “mal de
nosso corpo”.
As emoções responsáveis pela elaboração desse destruidor celular são, a
nosso ver: 1. raiva; 2. rancor; 3. pessimismo; 4. ressentimento; 5. tristeza;
6. negativismo. E como resultado podemos ter um estado de depressão ou de
estresse que são responsáveis pela diminuição de muitos anos de nossas vidas.
Assim sendo, amigos do bem, temos de procurar ao máximo buscar as
emoções que causam serotonina e evitar as que provocam radical. E se assim
fazemos estamos lutando pelo nosso bem, de nossa família e da comunidade em
geral.
Recomendo então, neste início de ano, para todos os leitores, um plano
de qualidade e longevidade de vida, baseado nesse modelo simples e fácil de ser
aplicado e que chamamos de “muita serotonina e pouco radical”.
Antero Coelho Neto
acoelho@secrel.com.br
Médico e professor