terça-feira, maio 11, 2010

"Saúde só, é pouco!"

SAÚDE SÓ, É POUCO!

Está chegando no Brasil a conscientização da importância de “trabalhar” a qualidade de vida dos enfermos pelos profissionais de saúde que são responsáveis por eles. Estamos começando a acreditar e praticar a afirmação de que “saúde só é pouco”. Isto querendo significar que devemos ir além de, simplesmente, curar o enfermo.
Assumiremos a cultura de pensar em Q.V. para os nossos doentes e que isto não é um luxo impossível, mesmo para os milhões de brasileiros pobres e portadores de doenças.
Buscar a melhoria da Q.V. vai envolver a saúde dentro de um processo global da qual ela não pode ser manejada isoladamente. Sem uma visão integrada e holística de nossos clientes dentro das dimensões da vida, a saúde que por acaso possa ser alcançada, não terá sustentabilidade.
Um aspecto que destacaremos é que o conhecido e tradicional check-up, que se iniciou na década dos 60’s, teve seu máximo desenvolvimento nos anos 70’s, 80’s e 90,s. Agora começa a ser contestado, apesar de muitas pessoas ainda seguirem com o duvidoso hábito. Ele está dirigido para o diagnóstico das condições de saúde no momento e de prováveis enfermidades existentes.
Através de uma grande bateria de exames laboratoriais sofisticados e a partir de um diagnóstico negativo, presumem que o cliente está livre para viver a sua vida como vinha fazendo. Com os exames “normais”, e isso acontece na maior parte dos casos, o comportamento do cliente quase sempre é: “estou ótimo, posso continuar fazendo tudo como dantes” ou “posso continuar comendo, bebendo, sedentário e fumando como sempre”.
Está dirigido principalmente para detectar enfermidades, de acordo com os padrões médicos de uma época que já está passando, com o “mistério” científico cultivado exageradamente..
Esse check-up tradicional também ainda é utilizado por pessoas que, pagando caro por um seguro ou plano de saúde, tentam compensar esse alto custo fazendo exames. Assim, no momento atual dos nossos conhecimentos e de acordo com os nossos princípios dirigidos para um processo integral de melhoria de qualidade de vida e na tentativa de obtenção de uma vida saudável sem enfermidades, mas também com satisfação, estamos indicando o que denominamos o “check-up para a vida”.
Esse exame, de custo muito baixo, utilizando somente os exames laboratoriais complementares que sejam necessários pelos reais fatores de risco, é indicado para determinar as possibilidades futuras do cliente manter-se saudável, identificar uma doença não conhecida antes, verificar a progressão dessa patologia e suas possibilidades futuras e, principalmente, utilizar o exame como instrumento educacional e orientador de uma vida saudável. Durante esse exame explicamos os diferentes elementos importantes para a prevenção de futuras enfermidades próprias da idade se não forem tomadas ações preventivas e de proteção; estimulamos a adoção de novos hábitos que sejam saudáveis e analisamos, com mais detalhes, alguns aspectos do corpo (distribuição da gordura, dados antropométricos, posturas, etc.).
Acreditamos que, assim, temos muito mais condições de ajudar a todos que querem ter uma vida mais longa e mais saudável, utilizando um exame muito mais econômico e de melhor qualidade. Nele você fala com seu médico e não com as máquinas.
Este é o cenário prospectivo e futurista que faço para o Brasil nesta década. Vocês estão de acordo?


Antero Coelho Neto –
Médico e professor