terça-feira, março 15, 2011

COMUNICAÇÃO EM SAÚDE

29.12.2010
Neste final de ano quero agradecer aos meus leitores que prestigiam e valorizam o que escrevo. Como é bom ouvir de vocês que gostam do que escrevo. São momentos de sensações profundas da minha vida que valem a pena. Por isso a valorização que comento sempre da comunicação nos níveis individuais e coletivos.
Por uma feliz coincidência estava na Organização Mundial da Saúde (OMS), no início da década de 90, quando o tema da “promoção da saúde” começava a ser analisado e desenvolvido. Ao regressar para o Brasil, em 1994, centralizei minhas atividades e atenção nesta área da saúde, juntamente com os condicionantes da nossa qualidade de vida e da longevidade, que formam a “trinca” responsável por uma vida longa e saudável.
Tenho tentado ampliar o tema em uma magnitude mais significativa e útil. Como já destaquei antes, ele está constituído pela prevenção das enfermidades, prática de estilos de vida saudáveis, proteção contra os fatores de riscos (físicos, químicos e biológicos), ambiente saudável e comunicação em saúde.
Gostaria de destacar o papel da comunicação entre o médico, seus clientes e o povo em geral. Falo da comunicação em saúde nos seus vários aspectos técnicos e operacionais entre todos os participantes do processo. Isto tem melhorado nos últimos anos, mas ainda é insuficiente pelo muito que é necessário.
Em primeiro lugar, deve o médico ressaltar para seus clientes, e população em geral, a grandeza desses componentes fazendo com que eles saibam as vantagens do uso da comunicação na prevenção e cura das doenças.
Também, comunicar os aspectos gerais e específicos das enfermidades possíveis ou existentes e as suas diferentes possibilidades presentes e futuras para eles e para seus familiares. Antigamente a nossa profissão quase nada informava para os pacientes e menos ainda para o público em geral. Felizmente isso mudou e muitos dos nossos atuais médicos são importantes comunicadores.
Mas também é necessário destacar, principalmente quando falamos de pacientes idosos, o inverso. Falo das informações que o paciente deve dar para o seu médico e que é, simplesmente, vital. Usando muitos medicamentos, quando vão se consultar com um novo médico, o que é muito frequente no nosso país, não lembram nomes e dosagens e alguns evitam até falar neles. E o resultado é a possibilidade de perigoso acúmulo ou para-efeitos. Por isso, recomendo sempre que guardem todas as receitas e bulas em uma espécie de “dossier” da saúde e levem para seus médicos nas novas consultas. Garanto que eles ficarão eternamente gratos.
Assim, usando este jornal amigo, desejo para todos vocês um Ano Novo cheio de “boas” comunicações individuais e coletivas. E, aproveitando o demonstrado em várias pesquisas de organizações famosas que “comunicar faz bem à saúde e a nossa longevidade”, vamos aumentar ainda mais os idosos saudáveis em 2011?
Antero Coelho Neto - Médico, Prof. e Pres.da Academia Cearense

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